Evento consolidado em diversas cidades do Brasil, a parada da diversidade sexual foi mais uma vez às ruas para chamar a atenção da sociedade e do poder público para a luta por direitos do segmento LGBT. Costumeiramente alegre e colorida, a manifestação já foi interpretada por muitos meios de comunicação como apenas uma espécie de carnaval. Aos poucos, porém, a turma das redações vai percebendo a importância política do ato.
A manifestação que reuniu milhares de pessoas domingo passado na avenida Boa Viagem foi noticiada com destaque pelos três jornais pernambucanos ( Jornal do Commercio , Diário de Pernambuco e Folha de Pernambuco). Ana Melo, militante do coletivo de Lésbicas e Bissexuais Labris e Thiago Rocha, do Instituto Papai, apontam para os pontos fortes da cobertura..
“Nos jornais vimos o lado da festa, mas também os questionamentos políticos, as reivindicações e as dificuldades do segmento sendo visibilizadas”, diz o educador do Instituto Papai. Ana compara a abordagem dos jornais impressos com as matérias que foram veiculadas nas emissoras locais de televisão. “Enquanto as tevês preferem mostrar a festa, os jornais trouxeram muito mais informações”.
A Folha apostou na divulgação da proposta de criminalização da homofobia, enquanto o JC deu visibilidade ao projeto que segue para a Assembleia e prevê a inclusão do/a parceiro/a no sistema à saúde dos servidores do estado de Pernambuco . O Diario ressaltou alguns avanços, como a implantação do segundo centro de referência de combate à homofobia.
Na Folha de Pernambuco, porém, um anúncio de página inteira “competia” com a abordagem progressista da matéria. A peça, assinada pela igreja Javé Nossa Justiça, usa trechos da Bíblia que podem ser interpretados como críticas à homossexualidade.
“É hora de pensar. Ser contra o homossexualismo (sic) não é preconceito é contexto cristão”, diz o título da propaganda de página inteira com foto de um casal formado por homem, mulher grávida e criança abraçados.
O fato levanta sempre a questão sobre a relação nem sempre cordial entre departamento comercial e redação. É ingênuo, no contexto de mercado em que vivemos, acreditar que o jornal recusaria o anúncio homofóbico. Mas pode-se discutir, por exemplo, o que fez a peça aparecer justamente ao lado da matéria que dá visibilidade à luta pelos direitos LGBT.
Se, como parece ser, o anúncio “paga a conta” para que o jornalismo seja “livre”, é correto dizer que esta peça polêmica ‘financiou’ a matéria progressista? Ou que a bela reportagem deu “audiência” ao anúncio preconceituoso?
Entre outras coisas, Thiago aponta para o termo “homossexualismo” como forma de discriminação. “Já tivemos várias discussões na câmara dos vereadores com religiosos parlamentares. A essa altura, todos sabem que o termo correto é “homossexualidade”. Mas, insistem em utilizar a palavra para reafirmar que trata-se de uma doença, de uma aberração da natureza. É muita incongruência”, desabafa.
Thiago, que coordena os projetos para a Diversidade Sexual do Instituto Papai, relembra que o segmento está discutido direitos e a violação deles. “É preciso que se compreenda que a discussão não está no campo religioso”.
Bush lamenta-se no Daily Show: “Porquea eu? Que fardo! Porque e9 que o cslapoo financeiro teve de acontecer comigo?” George Bush: Pensei muito no Katrina. Sere1 que eu poderia ter agido de forma diferente?Jon Stewart: Que tal ter mostrado alguma preocupae7e3o? Ter voltado de fe9rias e ne3o ter dito ao director do FEMA que estava a sair-se bem? Ou ate9 ne3o ter esse tipo como response1vel do FEMA? Ter havido coordenae7e3o nas operae7f5es de salvamento em vez de fingir que ningue9m sabia que os diques podiam ceder? Essas coisas.George Bush: Sere1 que eu poderia ter agido de forma diferente? Como aterrar o Air Force One (avie3o presidencial) em Nova Orlee3es? O problema aed e9 que as autoridades seriam afastadas da misse3o e suspeito que as vossas perguntas seriam: “Como foi capaz de levar o Air Force One para Nova Orlee3es, afastando os poledcias necesse1rios para controlar Nova Orlee3es da sua misse3o, para o proteger? “Jon Stewart: Ne3o faz ideia do porquea da revolta das pessoas e0 volta do Katrina, pois ne3o? Achou que foi por causa do avie3o? c9 como o tipo cuja mulher chega a casa e o apanha a papar a irme3 dela, e acha que ela este1 zangada porque ele ne3o lhe disse que ia chegar mais cedo.George Bush: Porquea eu? Que fardo! Porque e9 que o cslapoo financeiro teve de acontecer comigo? Termos pena de nf3s prf3prios e9 uma coisa pate9tica.