Atuação de mulheres em processos colaborativos e na produção de conteúdo, este foi o foco do painel “ Experiências em Comunicação Colaborativa e Debate”. A comunicadora Beth Amorim, do programa Radio Mulher – veiculado na rádio Litoral FM, no município de Paulista, região metropolitana do Recife – falou sobre as notícias e debates veiculadas pela rádio e da procura do espaço radiofônico para troca de informações .
Eliane Nascimento e Magal Silva, comunicadoras da Rádio Mulher, do município de Palmares, contaram que a rádio mudou a realidade de muitas mulheres que viviam em violência. Segundo Eliane e Magal, que produzem o conteúdo dos programas e atuam na parte técnica, as denúncias chegadas à emissora contribuíram para identificar agressores, além de colaborar com o trabalho da polícia.
“A rádio virou a delegacia das mulheres. Através das informações que viam no programa, tinham mais coragem de buscar seus direitos”, diz a comunicadora. Informações de saúde, a exemplo de exames de câncer do colo do útero, programas voltados para educação e cidadania fizeram do escritório da Rádio Mulher uma referencia para as mulheres da Mata Sul, garante Eliane, que viu o local ser invadido pela enchente, que devastou diversos municípios de Pernambuco e Alagoas há alguns meses.
A jornalista pernambucana Cátia Oliveira, do Centro de Cultura Luiz Freire, apresentou o trabalho do Ombusdspe. O site, além de funcionar como um observador da mídia local no que se refere à violação ou promoção aos direitos humanos, discute questões voltadas ao direito à comunicação.
Segundo Cátia, o veículo investe na troca de informações através de blogs e sites parceiros, além do twitter. Para a jornalista as mídias sociais são importantes ferramentas para publicizar informações, articular grupos e fazer denúncias. Contudo, afirmou que outros espaços e iniciativas devem ser levados em consideração, na prática da comunicação.
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