A dor deles e delas não aparece no jornal. Os salários dos jornalistas da Folha de Pernambuco, que devem ser quitados até o quinto dia útil do mês, foram pagos apenas hoje. Apenas depois de os profissionais cruzarem os braços das 12h às 17h. Detalhe: motoristas e pessoal administrativo ainda não receberam. Veja o relato de uma colega que trabalha num dos maiores grupos empresariais de Pernambuco:
“Nesta sexta-feira, 14, jornalistas, motoristas, gráficos e diagramadores da Folha de Pernambuco paralisam suas atividades, a partir de meio dia, em repúdio ao não pagamento dos salários no mês de dezembro.
Além de não receber salários, os profissionais não estão recebendo o vale-transporte para trabalho. Ou seja, estão pagando para trabalhar.
E os desmandos não param por aí. Há alguns meses, a Folha de Pernambuco tem descontado na folha de pagamento o plano de saúde dos seus funcionários, mas não repassa os valores para a operadora Sulamérica. Isso se configura uma apropriação indébita, obrigando os funcionários a passar por constrangimentos ao chegarem em consultórios e laboratórios. Isso sem contar na gravidade da situação, caso alguém precise de um serviço de emergência.
Na sexta passada, os jornalistas da Folha de Pernambuco, junto ao sindicato e os jornalistas do Diario de Pernambuco e Jornal do Commercio, reuniram-se em frente ao prédio da Folha para protestar contra a falta de piso salarial. Uma semana depois, a situação está muito pior.
Como o movimento não terá cobertura de nenhum dos três jornais nem das TVs, por motivos óbvios, contamos com o apoio de pessoas influentes e veículos alternativos, para divulgar essa falta de respeito com os profissionais.
Lembrando que o movimento tem se organizado através da Rádio Peão, ou seja, a articulação corre à boca miúda, para evitar represálias por parte da direção. Assim, é solicitado a não divulgação oficial da paralisação até que ela aconteça.”
Esquecem de citar na matéria, os estagiários! Eles também não receberam os míseros R$ 426 da bolsa que serve apenas como ajuda de custo. Um detalhe que poucos sabem, é que os estagiários, os explorados e que por muitas vezes sofrem preconceito por ainda serem estudantes, trabalham igual aos profissionais e, por vezes, até mais. Basta olhar o ponto que para constatar. É um absurdo a situação da Folha que alega não ter dinheiro pra pagar os seus empregados, mas o dono, faz festa chique pro casamento da filha.
Exatamente, Paula! Fui estagiário da Folha e vivi na pele tudo o que você falou! O jornal não quer saber se você é um estudante em formação… muitas vezes dão demandas impossíveis de cumprir na carga horária, que é de 6h/dia. Já vi repórter estagiário da editoria de Grande Recife, que pegou às 6h da manhã e deveria largar ao meio-dia, ficar na redação até às 20h da noite! Isso é um absurdo total!
Meu Deus! Quantos error de concordancia verbal no primero parágrafo. E, para fechar com chave de ouro, vas ainda escrevem paralisação nas tags com Z. É demais!!!!
Valeu o toque, Patrícia. Consertamos:)