Na matéria “Nome social garantido por lei”, do Diário de Pernambuco de hoje (11/05/10), caderno Vida Urbana, vemos no texto, o cumprimento pelo jornal, de sua função social de informar, esclarecer o leitor e apresentar as diversas vozes sociais.
O texto informa sobre as medidas tomadas pelo governo para que os nomes escolhidos pelo público LGBT sejam aceitos socialmente, além de iniciativas previstas para ampliar a perspectiva de trabalho para os grupos. A página traz ainda informações não esclarecidas de matéria do dia anterior, claramente tendenciosa, de teor homofóbico, e publicada com destaque : “ Cruzada contra projeto de lei” ( a respeito do Projeto de Lei de nº 122 de 2006, que prevê a criminalização de práticas homofóbicas). Só que desta vez faz diferente.
O Diário apresenta um painel com diversos artigos da lei, cujo titulo é ‘Saiba o que está em debate e tire suas conclusões’. Ao lado, vemos matéria com informações sobre o projeto (o que não foi feito na matéria do dia anterior) com equilíbrio de depoimentos, inclusive de religiosos da matéria passada, e parcelas da sociedade que defendem o PL.
As matérias nos mostram que o Diário parece não ter uma definição editorial sobre como dialogar com o segmento LGBT em suas páginas. E, ao leitor fica à dúvida sobre o que de fato acontece sociamente e sobre como se posicionar, já que o jornalista também é formador de opinião.
Confesso que não tive oportunidade de ler a matéria em questão, mas o que me parece é que a conclusão do Ombuds-PE está completamente correta. Parece que o Diario de Pernambuco está atirando pra todo lado pra saber quem dá mais “ibope” até decidir (ou não) de que lado ficar…