Como você gostaria que o 1º de maio, dia do trabalhador, fosse coberto pela mídia? A pergunta foi feita pelo Ombudspe a três profissionais: a presidente do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas Luiza Batista, também integrante do Fórum de Mulheres de Pernambuco, Fernando Lima, da direção estadual da Central Única de Trabalhadores (CUT) e a oficial da polícia militar de Pernambuco Carla Oliveira. Vejam as respostas ( em ordem alfabética) que mostra um pouco da relação dos profissionais com os veículos de comunicação.
Carla Oliveira: gostaria de ver na imprensa uma matéria sobre os profissionais que não param nunca, para eles não existe dia 1º como feriado: enfermeiros, médicos, policiais, motoristas. Seria importante também que a imprensa mostrasse os aspectos positivos do trabalho que é executado diariamente pela polícia, por este profissional cujo trabalho acaba tornando-se essencial. Espero que o dia seja importante para lembrar a relevãncia da atividade desempenhada por todos os trabalhadores e incluindo aquele que está sempre ali, inclusive no feriado.
Fernando Lima: Gostaria que a imprensa desse a atenção necessária ao dia do trabalhador, aos atos, as reivindicações. Muitos profissionais deram a vida pelo trabalho e hoje temos o dia 1º em homenagem a essa luta. A imprensa dá mais atenção a atos políticos, escândalo, assaltos e não cobre com devida atenção as atividades dos trabalhadores. Gostaríamos que a imprensa estivesse mais envolvida e que a classe participasse mais, representantes da federação de rádio, do sindicato dos jornalistas… Gostaríamos que toda mídia fizesse o acompanhamento das questões trabalhistas não só no primeiro de maio, mas todos os dias. Em março, fizemos o lançamento da campanha salarial. Mandamos releases, fizemos a divulgação e quase não houve cobertura. Apenas duas rádios estiveram presentes na atividade, mas não as da grande imprensa.
Luíza Batista : Gostaríamos de ver matérias falando da falta de respeito aos direitos já existentes e dos direitos que ainda não foram conquistados, como o FGTS, que é opcional. O empregador pode pagar ou não. Seria importante que a imprensa falasse também da 99ª conferência Internacional do Trabalho, que vai ser realizada em Genebra, na Suíça e vai tratar de todos os direitos das trabalhadoras domésticas, que não têm a valorização devida. Do estado estou indo como única representante. O trabalho doméstico é a base da organização social de outras categorias. No final de semana passado saiu matéria no Jornal do Commercio e no Diário[ e Pernambuco] sobre o trabalho doméstico e foi importante.