No Brasil, é extrema a relação entre o que a criminalização do aborto representa na vida das mulheres brasileiras, especialmente pobres, negras e indígenas, e o espaço que o tema recebe na grande mídia tradicional. Dados de 2016, da Pesquisa Nacional de Aborto, mostram que meio milhão de interrupções voluntárias foram praticadas no país, em 2015. Aos 40 anos de idade, uma em cada cinco mulheres, já teria realizado um aborto clandestino, que é a quarta causa de mortalidade materna no país.