No Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, 29 de agosto, aconteceu a Roda de Diálogo sobre Mídia e Visibilidade Lésbica, no Centro de Cultura Luiz Freire. A conversa contou com as provocações de Rosângela Pimenta, da Liga Brasileira de Lésbicas, e Roze Maria, do Diário de Pernambuco. Os outros dois jornais (Jornal do Commercio e Folha de Pernambuco) foram convidados, mas não compareceram.
Durante o encontro, foram feitas análises sobre as causas da invisibilidade lésbica na mídia. Vários exemplos foram apresentados pelas militantes. Constatou-se que a visibilidade só acontece quando há atos, beijaços. “Nem a caminhada das Lésbicas, que antecede a Parada Gay, possui visibilidade”, explicava uma das participantes. “Quando saí matérias sobre nós, as manchetes utilizam o termo homossexual. Somos lésbicas, não somos homossexuais”, se posicionou outra participante. “Por que quando um repórter faz uma matéria sobre educação ou saúde não faz relação com a lesbianidade?”, indagou outra. Rosângela Pimenta trouxe um panorama sociológico-cultural da mulher na sociedade capitalista, na qual onde tudo é coisificado, inclusive os desejos. “A lesbianidade rompe com toda a estrutura da sociedade capitalista e machista”, ressaltou.
A lesbianidade ainda é pautada sob a ótica do exótico, o que não contribui na luta do movimento lésbico. A jornalista do Diário de Pernambuco demonstrou o compromisso do Jornal com a causa e apresentou a dificuldade que os jornalistas possuem de pautar as questões levantadas seja por desconhecimento ou por pré-conceitos estabelecidos na sociedade que vivemos. “Queremos entender mais sobre o assunto e contribuir com a visibilidade lésbica. Prova disso é a nossa presença nesse debate”, ressaltou Roze Maria anotando em seu bloco cada frase das militantes.
our rights, our digtniy and our independence, what will we have left to eat, but the rich?” May Day LA: What (who) is being served? A menu | Occupy May 1st General Strike